O retrato antigo na parede
ignora meu olhar saudoso.
Absorto em tarefas d’alma,
na ardência do corpo,
na angústia dos sonhos,
na premente juventude,
adivinha que estará aqui,
talvez, quem sabe.
Não tem rugas, nem certezas,
é vontade e virtude.
O retrato antigo na parede
faz lembrar que sou bonita.